quarta-feira, 13 de junho de 2012

Queremos só salário?

A seguir, duas notícias extraídas da Folha de S.Paulo de hoje (13), anunciando a estratégia do governo de conceder reajuste salarial para dar fim à greve na universidades federais.

A questão é: queremos só salário?

Dilma decide dar aumento a professor universitário

O governo federal decidiu dar um reajuste salarial a professores universitários e militares. O aumento, ainda indefinido, deve começar a valer no ano que vem e deve se estender para outras categorias.

O reajuste para docentes é uma alternativa para acabar com a greve da categoria e assim evitar prejuízos à campanha de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, à Prefeitura de São Paulo.

A decisão foi tomada diante da avaliação de que há espaço fiscal para atender as reivindicações salariais dos servidores em 2013.

Dilma deve reajustar salários de professores e militares em 2013

Proposta em discussão tenta pôr fim à greve nas universidades

Natuza Nery
Valdo Cruz
De Brasília

O governo Dilma decidiu reajustar o salário de professores universitários e de militares no próximo ano. A proposta, em discussão pela equipe econômica, deve atender outras categorias.

A sinalização de um novo reajuste salarial para os professores é uma tentativa de pôr fim à greve da categoria, que pode prejudicar a campanha do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Apesar de o Planalto já ter dado o sinal verde para o aumento, os percentuais ainda não foram definidos.

Para os professores universitários, em greve há quase um mês, Dilma já avisou sua equipe que a formalização da proposta somente será feita se a categoria voltar ao trabalho.

Segundo a Folha apurou, um reajuste linear a todo o funcionalismo público está, por ora, descartado. O argumento é que praticamente todas as áreas do serviço tiveram reajustes salariais, algumas até acima da inflação.

O aumento a militares foi encomendado pela própria Dilma, como gesto de reconhecimento após a instalação da Comissão da Verdade.

A decisão sobre os reajustes foi tomada diante da avaliação de que há espaço fiscal para atender as reivindicações salariais dos servidores no próximo ano.

Um dos motivos é que em 2013 o reajuste do salário mínimo será praticamente a metade do concedido em 2012 -14,2% contra 7,5%. Com isso, os gastos da União com a Previdência Social, seguro-desemprego e assistência social serão menores.

Além disso, o Ministério da Fazenda aposta que o crescimento da economia será maior do que o deste ano, 4,5% contra 2,5%, o que deve elevar as receitas federais.

Fonte: Folha de S.Paulo (13/6/2012)

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