A seguir, duas notícias extraídas da Folha de S.Paulo de hoje (13), anunciando a estratégia do governo de conceder reajuste salarial para dar fim à greve na universidades federais.
A questão é: queremos só salário?
Dilma decide dar aumento a professor universitário
O governo federal decidiu dar um reajuste salarial a professores universitários e
militares. O aumento, ainda indefinido, deve começar a valer no ano que vem e
deve se estender para outras categorias.
O reajuste para docentes é uma alternativa para acabar com a greve da categoria e
assim evitar prejuízos à campanha de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, à
Prefeitura de São Paulo.
A decisão foi tomada diante da avaliação de que há espaço fiscal para atender as
reivindicações salariais dos servidores em 2013.
Dilma deve reajustar salários de professores e militares em 2013
Proposta em discussão tenta pôr fim à greve nas universidades
Natuza Nery
Valdo Cruz
De Brasília
O governo Dilma decidiu reajustar o salário de professores universitários e de
militares no próximo ano. A proposta, em discussão pela equipe econômica, deve
atender outras categorias.
A sinalização de um novo reajuste salarial para os professores é uma tentativa de
pôr fim à greve da categoria, que pode prejudicar a campanha do ex-ministro da
Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.
Apesar de o Planalto já ter dado o sinal verde para o aumento, os percentuais ainda não
foram definidos.
Para os professores universitários, em greve há quase um mês, Dilma já avisou sua
equipe que a formalização da proposta somente será feita se a categoria voltar
ao trabalho.
Segundo a Folha apurou, um reajuste linear a todo o funcionalismo público está,
por ora, descartado. O argumento é que praticamente todas as áreas do serviço
tiveram reajustes salariais, algumas até acima da inflação.
O aumento a militares foi encomendado pela própria Dilma, como gesto de
reconhecimento após a instalação da Comissão da Verdade.
A decisão sobre os reajustes foi tomada diante da avaliação de que há espaço
fiscal para atender as reivindicações salariais dos servidores no próximo ano.
Um dos motivos é que em 2013 o reajuste do salário mínimo será praticamente a
metade do concedido em 2012 -14,2% contra 7,5%. Com isso, os gastos da União com
a Previdência Social, seguro-desemprego e assistência social serão menores.
Além disso, o Ministério da Fazenda aposta que o crescimento da economia será maior
do que o deste ano, 4,5% contra 2,5%, o que deve elevar as receitas federais.
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