quinta-feira, 28 de junho de 2012

Professores de universidades participam de Ato Nacional em Defesa da Verba para Educação

Juliana Ferreira, do R7 MG

Professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) , UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) e IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais) fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (28) em frente ao Banco Central, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital. Segundo o sindicato da categoria, a intenção dos docentes foi chamar atenção para os problemas da educação superior que os levaram a entrar em greve.

Os docentes deram um abraço simbólico no prédio do Banco Central e de lá partiram em caminhada até a praça sete, passando pela avenida Álvares Cabral. Segundo o sindicato, cerca de 500 pessoas participaram do protesto.

O manifesto faz parte do Ato Nacional em Defesa da Verba para Educação, realizado simultaneamente em todas as capitais do país para pedir o investimento de no mínimo 10% do PIB para a educação. A passeata contou com a participação de alunos e técnico-administrativos, que também estão com os trabalhos paralisados.

Logo após a manifestação, os professores da UFMG seguiram para a Faculdade de Medicina da universidade, onde se reúnem em assembleia para discutir o andamento da greve.

A expectativa é que o sindicato divulgue o número de docentes paralisados na UFMG. Segundo os alunos, as aulas continuam normalmente na maioria das unidades da universidade, que anunciou a greve no dia 19.

Professores em greve
Os docentes estão de braços cruzados por tempo indeterminado desde o dia 17 de maio, quando a paralisação foi deflagrada em todo o País. O Estado concentra o maior número de instituições paradas: dez universidades e três institutos federais.

Os professores pedem um plano de carreira com reposição do salário e equiparação salarial com os funcionários do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). O piso atual de um professor doutor, no início da carreira, é de R$ 7.333,67. Já um profissional do MCT recebe cerca de R$ 11.000.

Paralisação dos técnicos-administrativos
Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde o dia 11 de junho. Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Cristina Del Papa, a paralisação acontece em nível nacional e atinge 70% dos servidores da UFMG e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e 80% dos funcionários do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e do Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

A categoria pede carga horária de 12h com a redução da jornada de 40h para 30h, a fim de melhorar o atendimento aos alunos dos cursos noturnos. Os servidores também pedem a reposição da perda salarial inflacionária de 30% nos três últimos anos.

Fonte: R7 MG (28/6/2012)

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