Juliana Ferreira, do R7 MG
Professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), CEFET (Centro Federal de
Educação Tecnológica) , UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), UFVJM
(Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) e IFMG (Instituto
Federal de Minas Gerais) fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (28) em
frente ao Banco Central, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da
capital. Segundo o sindicato da categoria, a intenção dos docentes foi chamar
atenção para os problemas da educação superior que os levaram a entrar em greve.
Os docentes deram um abraço simbólico no prédio do Banco Central e de lá partiram
em caminhada até a praça sete, passando pela avenida Álvares Cabral. Segundo o
sindicato, cerca de 500 pessoas participaram do protesto.
O manifesto faz parte do Ato Nacional em Defesa da Verba para Educação, realizado
simultaneamente em todas as capitais do país para pedir o investimento de no
mínimo 10% do PIB para a educação. A passeata contou com a participação de
alunos e técnico-administrativos, que também estão com os trabalhos paralisados.
Logo após a manifestação, os professores da UFMG seguiram para a Faculdade de
Medicina da universidade, onde se reúnem em assembleia para discutir o andamento
da greve.
A expectativa é que o sindicato divulgue o número de docentes paralisados na UFMG.
Segundo os alunos, as aulas continuam normalmente na maioria das unidades da
universidade, que anunciou a greve no dia 19.
Professores em greve
Os docentes estão de braços cruzados por tempo indeterminado desde o dia 17 de
maio, quando a paralisação foi deflagrada em todo o País. O Estado concentra o
maior número de instituições paradas: dez universidades e três institutos
federais.
Os professores pedem um plano de carreira com reposição do salário e equiparação
salarial com os funcionários do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). O piso
atual de um professor doutor, no início da carreira, é de R$ 7.333,67. Já um
profissional do MCT recebe cerca de R$ 11.000.
Paralisação dos técnicos-administrativos
Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde o dia 11 de junho.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições
Federais de Ensino (Sindifes), Cristina Del Papa, a paralisação acontece em
nível nacional e atinge 70% dos servidores da UFMG e do Instituto Federal de
Minas Gerais (IFMG) e 80% dos funcionários do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e do Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
A categoria pede carga horária de 12h com a redução da jornada de 40h para 30h, a
fim de melhorar o atendimento aos alunos dos cursos noturnos. Os servidores
também pedem a reposição da perda salarial inflacionária de 30% nos três últimos
anos.
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