Rosana Hessel
Vera Batista
A partir de sexta-feira, 31 de agosto, não estará mais nas costas do governo federal o ônus de negociar com os sindicatos os reajustes salariais dos servidores. A bola passará para o Congresso Nacional, que tem uma bancada de peso eleita por diversas categorias do funcionalismo, principalmente entre os integrantes do PT, partido da presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares avaliarão a proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2013 (Ploa 2013), que deverá ser enviada pelo Executivo no último dia deste mês. O texto modificado e aprovado pelos deputados e senadores será encaminhado para a sanção da presidente da República.
O Ministério do Planejamento vem barrando nas negociações pedidos de aumento, sob a alegação de que em tempos de crise o governo não poderá ultrapassar 15,8% divididos em três anos — praticamente a inflação esperada. Algumas categorias têm reivindicação de reajuste que chega a 151%. Se o Congresso decidir ir além do que o governo colocou no Ploa, terá que indicar também a fonte para fazer frente aos novos gastos. Atender todos os pedidos de reajuste do funcionalismo implica desembolso de aproximadamente R$ 90 bilhões, a metade da folha anual hoje.
Fonte: Correio Braziliense (28/8/2012)
Uma grande conquista da greve. Avalio como a mais importante, mais congruente a proposta democrática. O executivo teve uma postura tirânica até agora. Mobilizem-se pelo congresso para alterar o plano de carreira que foi INSTITUÍDO em 1987, anterior à promulgação da constituicao federal. É um argumento fortíssimo. Insiram-se como co-construtores insistindo na principio da pluralidade que norteia a produção legislativa do país e tem segurança jurídica. O alcance midiatico da greve já é enorme, e uma ação com argumentação solida pode fazer história no congresso.
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