A ANPG enviou às agências nacionais de fomento, Capes e CNPq, um pedido para que
os prazos dos projetos (defesa de dissertação, depósito e etc.) sejam adaptados
aos novos calendários acadêmicos das universidades em greve, inclusive no
tocante à concessão de bolsas. Leia a íntegra do ofício aqui.
A ANPG desde o início tem acompanhado o cotidiano da greve através das APGs e no
dia 13 de junho lançou nota de solidariedade ao movimento, leia aqui.
"Enviamos esta solicitação à Capes e ao CNPq por dois motivos. O primeiro é
garantir o direito dos pós-graduandos seguirem o mesmo calendário das
universidades, muitos deles alterados em função da greve. Isso pode significar a
alteração de uma data de depósito de dissertação ou tese, o que pode vir a
exigir, por exemplo, uma extensão do tempo de bolsa deste pesquisador. O segundo motivo é pautar os mais diversos órgãos de governo sobre uma forte
greve que toma conta das universidades federais e exige respostas, tanto no
sentido de que sejam cumpridos os compromissos com os docentes, quanto no
sentido de estabelecer compromissos para a estruturação e expansão das universidades
públicas brasileiras", disse a presidenta da ANPG, Luana Barone.
A intenção da entidade é enviar a mesma solicitação também para as fundações de
apoio estaduais.
Entenda a greve
Em diversas universidades os estudantes também aderiram à greve dos docentes e
técnicos. APG UFPE, APG UFSJ, APG UFBA, APG UFV e o Fórum
de Pós-Graduandos da UFPR aprovaram moções de apoio ao movimento. Na UFRJ
e na UFF os pós-graduandos paralisaram as atividades.
No domingo (17), durante a Plenária Final do CONEG da UNE, fórum que reúne os
Diretórios Centrais dos Estudantes, representantes da Andes e da Federação de
Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra)
receberam o apoio dos estudantes, no sentido de unir forças em torno das
reivindicações pela melhoria da Educação.
Desde o dia 17 de maio os docentes das universidades federais estão em greve. No dia
11 de junho foi deflagrada a paralisação dos técnicos administrativos e no dia
13 do mesmo mês foi a vez dos servidores federais da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica também aderirem ao movimento.
Já são mais de 50 universidades e 4 Institutos Federais sem aulas. Nada menos que
70% do ensino superior federal está com as aulas suspensas, atingindo cerca de
um milhão de estudantes.
As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento do piso salarial em
22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$
1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas
não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes), os professores pleiteiam carreira única com incorporação das
gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir
do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese
(atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à
titulação e ao regime de trabalho.
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