Greve dos servidores públicos federais afeta vários setores em Uberaba, principalmente relacionados à Educação e Saúde. Até o momento estão parados os professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, estudantes, técnicos administrativos do Hospital de Clínicas, professores do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e agentes da Polícia Federal. Todos reivindicam melhorias salariais e condições adequadas de trabalho. Quanto às negociações, até o momento em nenhuma das categorias houve avanço.
Em greve há quase três meses, os professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro prometem que somente retomam as atividades com uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Já foram realizados alguns encontros com a equipe do Governo Federal, propostas que, segundo eles, não atendem às solicitações. De acordo com Bruno Cursino, do comando de greve, 70% professores da instituição estão parados. “Somente não estão parados os profissionais da Engenharia, pois os cursos são anuais. Mas os demais estão em greve, e as aulas estão suspensas, pois não é possível começar um novo calendário escolar sem terminar o semestre, interrompido em maio”, explica Bruno.
Ainda segundo o professor, as aulas deverão ser repostas quando acabar a greve, mas, para isso, não há previsão. Até o momento, em todo país, apenas duas instituições federais de ensino superior encerraram a greve e voltaram às aulas. “Estamos tentando todos os meios para fazer uma negociação e chegar a um acordo final”, explica Bruno.
Outro setor que também está em greve há dois meses é o dos técnicos administrativos do Hospital de Clínicas. De acordo com Mirtes Reis, coordenadora-geral do Sinte-MED, 70% dos profissionais estão parados, atendendo em regime de escala, para não prejudicar as tarefas do hospital. “Nesta semana tivemos assembleia para discutir proposta do governo, que apresentou um reajuste de 15%, parcelados em três anos. A categoria, que pede reposição das perdas salariais de 22%, não aceitou a proposta e continua em greve”, explica Mirtes.
Já os agentes da Polícia Federal começaram a greve no na semana passada e desde então realizam manifestações na cidade. Reestruturação da carreira e melhoria salarial são as principais reivindicações da categoria. De acordo com o delegado sindical Alexandre Taveira, o atendimento ao público e emissão de passaportes estão suspensos e só ocorrem em casos emergenciais. “Atendemos à solicitação da presidente Dilma Rousseff e voltamos com os serviços em aeroportos e nas fronteiras. Mas, somente até esta quarta-feira, pois ela nos garantiu que vai nos apresentar uma proposta”, explica Taveira, ressaltando a greve foi deflagrada por todos os agentes, papiloscopistas e escrivães da PF, os quais representam 80% de todo o efetivo.
Fonte: Jornal da Manhã (15/8/2012)
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