quinta-feira, 7 de junho de 2012

Professores da UFTM completam mais de 15 dias de greve, mas sem solução

Sabrina Alves

A greve dos docentes e discentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que também atinge outras 45 universidades federais em todo o país, já dura mais de 15 dias. Segundo a professora do curso de Letras da UFTM, Juliana Bertucci, os docentes continuam com a mobilização e já registram um aumento significativo de adesão de professores.

Segundo informações, em Uberaba, cerca de 60% de todo o efetivo docente já aderiu à paralisação. "A adesão está sendo muito aceita. Em alguns institutos da universidade, as atividades foram totalmente paralizadas, como no caso do [ICBN] – Instituto de Ciências Biológicas e Naturais, e do IELACHS – Instituto de Educação, Letras, Ciências Humanas e Sociais. No caso do [ICENE] – Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação, quase 100% das atividades também já foram paralisadas", relata.

"Nossa preocupação é com a falta de divulgação. Não pretendemos ter uma greve tão extensa, mas sim que a situação das melhorias na qualidade de trabalho e o plano de carreira sejam esclarecidos e aceitos pelo governo federal", aborda a professora.

No ano passado, o governo federal já havia acordado com a categoria, quando foi proposta a revisão do plano de carreira para 2013 e um aumento de 4%, a partir de março, mas, até o momento, nada foi feito.

Na última semana, os representantes grevistas iriam participar de uma negociação junto ao Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio governo. "Iríamos nos reunir com o Ministério do Planejamento, mas a reunião foi simplesmente adiada, sem nenhuma justificativa prévia. A reunião, a princípio, havia sido remarcada para hoje, mas, até o momento, nem ao menos recebemos as informações de horário e local a ser realizada. Esperamos que não seja novamente desmarcado, o que seria um desrespeito para com o movimento", relatam os professores membros da comissão grevista, Juliana Bertucci e Bruno Cursino.

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, fez um apelo, no qual pede que os professores retomem suas atividades. Em divulgação, o Ministro justificou o atraso nas negociações, por conta do falecimento, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, na época responsável pelas negociações salariais para todos os funcionários federais.

Fonte: Jornal de Uberaba (5/6/2012)

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