Professores em greve da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) realizaram
manifestação na praça Rui Barbosa na tarde desta quinta-feira. No local, além
dos docentes, alunos de vários cursos desenvolviam atividades como desdobramento
das propostas a serem feitas durante a paralisação.
Professor do curso de Letras e integrante da Comissão de Mobilização, Bruno Curcino,
explica que esta manifestação é uma forma de inovar na maneira de fazer a greve. "Geralmente, durante a paralisação das atividades, as pessoas ficam em casa e a
universidade permanece fechada, e nós, que defendemos a instituição conectada
com a sociedade, vamos fazer enquanto a greve durar outras atividades de
cidadania como essa, a Universidade na Praça".
Quem passava pela praça Rui Barbosa tinha a oportunidade de ver banners e trabalhos
de alunos dos vários cursos oferecidos pela UFTM que realizavam atividades
multidisciplinares, como os estudantes de Nutrição, que estavam atendendo à
população com orientações sobre alimentação, peso, entre outros. Segundo Bruno,
este é um serviço que os docentes e estudantes estão prestando aos uberabenses
dentro do movimento de greve.
A greve teve início no dia 17 de maio e hoje, dos 480 professores da UFTM, cerca
de 250 estão em greve em Uberaba, o que deixa entre 2.000 e 2.500 alunos sem
aulas.
Entre as principais reivindicações dos docentes está o cumprimento do acordo assinado
com o governo no ano passado, que deveria ter sido colocado em prática no fim de
abril. Entre outras questões, o acordo levava à incorporação das gratificações
do professores, luta antiga da categoria, mais reajuste de 4% do salário e o
estabelecimento de data-base.
A paralisação já atinge mais de 40 universidades federais e dois institutos
federais em 19 Estados, segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino
Superior (Andes). A greve é por tempo indeterminado.
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